A segurança do condomínio depende de todos

Convenceram você que morar em um condomínio é mais seguro. Porém, é possível que tenham esquecido de te dizer que a maior parte da segurança depende das tuas atitudes seguras

De hábitos simples como fechar uma porta, até os mais complexos, como decidir sobre a implantação de um sistema altamente tecnológico de controle de acesso, quando o assunto é segurança o envolvimento dos condôminos é fundamental para a garantia da tranquilidade interna.

É muito importante frisar que, se o marginal estiver plenamente motivado para atentar contra o seu condomínio, todas as barreiras poderão ser transponíveis.

O que fazer então?

Basicamente todo marginal busca para implementar sua ação três fundamentos básicos:
A Atratividade. O condomínio está localizado em um bairro considerado de alto padrão, possui uma imponente apresentação, os veículos que entram e saem são de alto valor e os moradores são frequentadores assíduos das colunas sociais.
A Vulnerabilidade. O condomínio não possui um sistema de segurança implantado, os funcionários não são treinados e os condôminos não tomam os mínimos cuidados com a segurança.
A Oportunidade. O marginal observa o condomínio por um determinado tempo e percebe que na troca de turno os funcionários da portaria não tomam os mesmos cuidados com o controle de acesso de terceiros, percebe que nas horas de entrada e saída dos veículos os portões permanecem abertos e desguarnecidos por muito tempo, percebe que o acesso de entregadores não é feito forma rigorosa.

E como proceder de forma a reduzir a vulnerabilidade e a oportunidade sem abrir mão da atratividade?

Atitudes simples como esperar o portão da garagem fechar, não divulgar senhas, realizar uma pesquisa de antecedentes dos funcionários do condomínio e daqueles que trabalham diretamente para os moradores, na contratação de prestadores de serviço buscar referências com outros clientes e exigir a apresentação de documentos que comprovem a regularidade da empresa, reduzem significativamente a vulnerabilidade de diminuem a oportunidade.

Com a facilidade de acesso a informação através da internet, redes sociais, jornais e revistas, reduzir a atratividade é um exercício diário de “humildade”. Convencer nossa família sobre a importância da discrição, sem deixá-los fora das redes sociais não é tarefa fácil. Qualquer informação pode, e será, usada por pessoas mal-intencionadas para a realização de atos criminosos.

O treinamento constante dos funcionários do condomínio e a exigência do cumprimento de normas de procedimentos é sem dúvida alguma o principal fator para a redução drástica da vulnerabilidade. Não se pode exigir de um funcionário algo para o qual ele não está devidamente treinado. Suas ações devem ser instantâneas e equânimes. Um peso e uma medida. Não importa quem seja, se precisa de senha para entrar, tem que ter a senha.

Tenho percebido que os moradores de condomínios estão muito preocupados em instalar dispositivos eletrônicos cada vez mais sofisticados, barreiras cada vez mais altas, cercas elétricas, sensores de presença nos perímetros, câmeras, câmeras e mais câmeras. É claro que reconheço a importância da tecnologia, mas afinal somente tecnologia basta? E quem irá comandá-la? Quem irá dar a pronta resposta?

Aliada a preocupação com a segurança está a necessidade de adequação das despesas com as receitas. Seria a substituição do homem pela máquina a solução para o equilíbrio desta equação? A economia resultante vale a pena?

Buscaremos, nas próximas publicações, esclarecer cada fase de um planejamento de segurança condominial, as formas de implantação, os documentos, normas e procedimentos que precisam ser implantados e principalmente como convencer o condômino que é preciso pensar em segurança e agir com segurança.

Para pensar na cama: Seu condomínio é seguro de fato? E você, pratica a segurança responsável?

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